Apenas Moon Jae-in (2017-2022), Kim Young-sam (1993-1998) e o vencedor do Prémio Nobel da Paz Kim Dae-jung (1998-2003), idealizador de uma aproximação com a Coreia do Norte, completaram os seus mandatos sem grandes sustos.
Kim Dae-jung, no entanto, foi condenado à morte em 1980 durante a ditadura de Chun Doo-hwan, de quem foi opositor, antes de partir para o exílio nos Estados Unidos.
Park Geun-hye, destituída e presa
A presidente Park Geun-hye, que estava no poder desde 2013, foi destituída pelo Parlamento em 9 de dezembro de 2016 e, posteriormente, indiciada e presa.
A primeira mulher a assumir a presidência da Coreia do Sul, que se apresentava como incorruptível, foi acusada de receber dezenas de milhões de dólares de empresas sul-coreanas, como a Samsung, de partilhar documentos secretos, de elaborar uma lista de elementos críticos da sua gestão e de demitir funcionários contrários a seus abusos de poder.
A filha do ex-ditador Park Chung-hee foi condenada em 2021 a 20 anos de prisão, mas recebeu um indulto em dezembro de 2021 do seu sucessor, Moon Jae-in.
Lee Myung-bak: 15 anos de prisão
Lee Myung-bak, que governou o país entre 2008 e 2013, foi condenado em outubro de 2018 a 15 anos de prisão por corrupção, depois de ser declarado culpado por aceitar subornos da Samsung para favorecer o presidente da empresa, Lee Kun-hee, que tinha sido condenado por fraude fiscal.
Depois recebeu um indulto em dezembro de 2022 do atual presidente Yoon Suk Yeol.
Roh Moo-hyun: suicídio
Roh Moo-hyun, presidente de 2003 a 2008, cometeu suicídio em maio de 2009, quando era investigado pelo pagamento de um milhão de dólares à sua esposa e cinco milhões ao marido de uma sobrinha, ambos de um fabricante de sapatos.
Roh Tae-woo: 22 anos de prisão
Roh Tae-woo, eleito após a queda do autocrata Chun Doo-Hwan, que tinha ajudado a chegar ao poder, governou a Coreia do Sul de 1988 a 1993. Em 1996, o ex-presidente foi condenado a 22 anos de prisão por corrupção e traição. Foi amnistiado dois anos depois e morreu de leucemia em novembro de 2021, aos 88 anos.
Chun Doo-hwan: condenado à morte
Chun Doo-hwan recebeu o apelido de "talhante de Gwangju" por ordenar a repressão violenta nesta cidade depois de chegar ao poder, em 1980. As manifestações pró-democracia obrigaram-no a entregar o poder a Roh Tae-woo em 1987.
Em 1996, foi condenado à pena de morte, que foi convertida em prisão perpétua. Foi amnistiado em 1998, depois de passar dois anos de prisão. Morreu de leucemia em 2021.
Park Chung-hee: assassinado
O ditador Park Chung-hee morreu em outubro de 1979 com um tiro na cabeça disparado pelo seu principal oficial de inteligência. Onze anos antes, escapou de uma tentativa de assassinato de um agente norte-coreano infiltrado em Seul.
Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo, então generais do exército, aproveitaram a confusão política para liderar um golpe de Estado em dezembro de 1979. Chun assumiu a presidência em 1980, após o massacre de Gwangju e depois de obter a renúncia do então presidente, Choi Ky-ha.
Yoon Bo-sun: deposto
O presidente Yoon Bo-sun foi deposto em 1961 por um golpe de Estado liderado pelo general Park Chung-hee, pai da futura presidente Park Geun-hye.
O general Park manteve Yoon no cargo até o substituir em março de 1962. Exerceu um poder autoritário até ser assassinado em 1979.
Syngman Rhee: deposto e exilado
O primeiro presidente da Coreia do Sul, Syngman Rhee, eleito em 1948, foi obrigado a renunciar por uma insurreição popular liderada por estudantes em 1960, depois de tentar prorrogar o seu mandato com eleições manipuladas.
Rhee partiu para o exílio no Havaí, onde morreu em 1965.
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