Rodrigo Janot disse aos jornalistas que uma conversa gravada entre dois empresários, com quem foi feito um acordo de delação premiada (que permite vantagens, como a redução de pena de prisão, ao dar informações sobre um caso judicial) num caso de corrupção, revelava possíveis interferências de um procurador nos acordos. A gravação também mencionava o Supremo Tribunal.
Janot alertou que a gravação dos empresários da JBS não servia de prova, mas chamou a atenção para a necessidade de investigar o caso.
O procurador-geral disse que as pessoas que surgem na gravação parecem não saber que estavam a ser gravadas, apesar de um áudio ter sido entregue à Procuradoria-Geral pela sua equipa de defesa. A informação contida na gravação não tinha sido anteriormente revelada como fazendo parte dos acordos de delação premiada. Assim, Janot disse que irá investigar se ocultaram o material.
O resultado dessa investigação pode levar ao cancelamento dos acordos e à perda de imunidade contra acusações.
A investigação aos casos de corrupção no Brasil tem dependido muito de acordos de delação premiada como o que foi assinado com os empresários da JBS.
Testemunhos do antigo empresário da JBS Joesly Batista implicaram o Presidente Michel Temer num caso de alegada corrupção. Janot chegou a acusar formalmente Temer, mas o Congresso recusou a acusação.
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