“Este aumento das perspetivas não representa ainda uma nova tendência, mas ocorre num momento em que o mundo quer afastar-se das energias fósseis para combater as alterações climáticas”, escreveu a agência especializada da ONU em comunicado.

No novo cenário, a AIEA aponta para uma capacidade de produção de energia nuclear de 792 gigawatts (GW) em 2050, em contraste com os 393 GW do ano passado. Anteriormente, apontava para 715 GW.

Todavia, se “as tecnologias inovadoras não sofrerem uma aceleração”, deveremos esperar que haja estagnação.

Depois de uma certa corrida ao gigantismo, com reatores cada vez mais poderosos, a indústria nuclear está agora a interessar-se mais por pequenos reatores modulares ou SMR (“small modular reactors”).

Diversos países também estão a trabalhar em reatores de quarta geração, que têm como um dos objetivos minimizar os resíduos.

As conclusões deste relatório mostram “uma sensibilização crescente para o facto de a energia nuclear ser absolutamente vital nos esforços” para combater o aquecimento global, congratulou-se o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi.

Os adeptos da energia nuclear sublinham que se trata de uma fonte de energia muito pouco emissora de dióxido de carbono e que é controlável, ou seja, pode ser mobilizada em função das necessidades, ao contrário do vento ou do sol.

Em 2020, a energia nuclear forneceu cerca de 10% da eletricidade mundial, em contraste com os 37% fornecidos pelo carvão.

O acidente da central de Fukushima, no Japão, devastado pelo gigantesco tsunami de 11 de março de 2011, infligiu um duro golpe ao setor.

A Alemanha fixou para si o prazo de 2022 para pôr fim à produção de energia nuclear; A Suíça tomou a mesma decisão, embora mantendo, no imediato, algumas instalações; e a Bélgica, por sua vez, pretende abandonar a produção de energia nuclear em 2025.

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