Numa nota enviada à agência Lusa, Carlos Cidade deixou o seu “desejo de que a Assembleia da República aprove” na sexta-feira o projeto do PSD de transferência do Tribunal Constitucional e do Supremo Tribunal Administrativo para Coimbra, “contando com o papel determinante de todos os deputados e de todas as deputadas eleitas pelo círculo eleitoral” do distrito.
O projeto social-democrata foi aprovado na especialidade na quarta-feira, com votos a favor do Bloco de Esquerda e PSD e abstenção do PS e do PCP.
Porém, na votação final global, é necessário que a alteração seja aprovada por uma maioria absoluta dos deputados.
“Venho reafirmar, na minha qualidade de presidente da Concelhia de Coimbra do PS e em nome da concelhia de Coimbra do PS, as posições assumidas em 2018 e 2020, e a satisfação por outras forças políticas se associarem a este desígnio para Coimbra, saudando a iniciativa parlamentar”, afirmou Carlos Cidade.
Na nota de imprensa enviada à agência Lusa, o presidente da concelhia socialista sublinha que em 2018 aquela estrutura apresentou à direção nacional do partido 50 medidas, entre as quais a mudança da sede do Constitucional para Coimbra.
Em 2020, a concelhia, no contributo que deu no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, voltou a propor a transferência daquele tribunal para Coimbra.
Na quarta-feira, o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, mostrou-se preocupado com a abstenção do PS e do PCP na votação em especialidade, apelando à mudança de voto destes partidos de forma a garantir que o projeto não caia na votação final.
Caso os socialistas se abstenham, tal como o fizeram na especialidade, José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (onde está incluído o PSD), acredita que isso irá salientar, “mais uma vez, as contradições do PS, que tem um Ministério da Coesão, mas que não pratica a coesão”.
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