Em requerimento entregue hoje na Assembleia da República, o PSD refere-se ao encerramento rotativo das urgências de obstetrícia de quatro dos maiores hospitais de Lisboa durante o verão, devido à falta de especialistas, noticiado quinta-feira pelo jornal Público.
O PSD “considera absolutamente imperioso esclarecer exatamente o contexto e os efeitos desta decisão" e requer as audições parlamentares, com caráter de urgência, da ministra da Saúde, Marta Temido, do presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Pisco, e do bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.
No documento, os deputados do PSD Adão Silva, Ricardo Batista Leite e Luís Vales sublinharam que a decisão do Governo “podia e devia” ter sido comunicada pela ministra da tutela na audição parlamentar que decorreu na quarta-feira passada.
“A ministra não fez qualquer referência a esta matéria, escondendo, deliberadamente, uma decisão consabidamente geradora de alarme social”, refere o requerimento.
A falta de médicos especialistas “não é nova ou inesperada” sem que “o Governo a tenha resolvido, com risco para a saúde das mulheres grávidas e crianças”, acrescenta.
De acordo com o Público, "a partir da última semana de julho e até ao final de setembro" as urgências de obstetrícia da Maternidade Alfredo da Costa, Hospital de Santa Maria, São Francisco de Xavier e Amadora-Sintra vão estar "fechadas num esquema de rotatividade".
O jornal, que cita a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), refere, contudo, que a solução "não ficou fechada", até porque "o cenário pode ser pior".
Segundo o Público, as férias de verão "vêm agravar o cenário e, perante a iminência do encerramento das urgências de obstetrícia destes quatro hospitais, o Ministério da Saúde, através da ARSLVT, tentou uma solução que tente pelo menos minorar os efeitos da falta de médicos", acrescenta.
Este esquema decorreria entre a última semana de julho e os meses de agosto e setembro, revela ainda o diário Público.
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