“De acordo com as mudanças no ambiente internacional e na política externa do Estado, estamos a encerrar ou a abrir novas missões diplomáticas noutros países”, lê-se numa nota publicada no portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano.
Nos últimos dias, o país liderado por Kim Jong-un anunciou o encerramento das representações diplomáticas em Espanha, Angola e Uganda, sendo que diferentes ‘media’, citados pela agência de notícias EFE, afirmam que os planos incluem ainda fechar as portas de pelo menos mais uma dúzia de embaixadas na Ásia, em África e na América Latina.
“A deslocalização e o funcionamento eficientes da força diplomática do Estado fazem parte dos procedimentos regulares levados a cabo pelos Estados soberanos com vista a promover os seus interesses nacionais nas relações externas”, acrescentou a nota, recordando que Pyongyang levou a cabo “medidas deste tipo em várias ocasiões no passado”.
Vários especialistas sublinharam que os encerramentos de representações diplomáticas se devem a dificuldades económicas do regime norte-coreano, afetado por sanções e três anos de uma política rigorosa de encerramento das fronteiras, durante a pandemia da covid-19, que afetou as finanças do país.
Thae Yong-ho, antigo diplomata norte-coreano que é agora deputado na Coreia do Sul, recordou esta semana em Seul que nos anos 1990, quando a Coreia do Norte sofreu a pior fome da história do país, foram encerradas várias embaixadas.
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