Um comunicado emitido por um diplomata do Qatar criticou as autoridades belgas, dizendo que foram usadas informações "imprecisas".

Seis pessoas, incluindo a influente eurodeputada Eva Kaili, foram presas no processo depois de sacos de dinheiro terem sido descobertos numa operação. Estará supostamente ligado a este estado do Golfo Pérsico e o Parlamento Europeu suspendeu na semana passada o acesso do Qatar à instituição.

A decisão de impor "esse tipo de restrições discriminatórias" antes do final da investigação "afetará negativamente a cooperação regional e global quanto a matérias de segurança e as discussões em andamento sobre pobreza energética e segurança global", disse o diplomata.

"Rejeitamos veementemente essas alegações que ligam o nosso país a má conduta", disse o funcionário, acrescentando que o Qatar não é a única parte citada na investigação. "Esta semana observamos uma alarmante condenação seletiva do nosso país", disse o diplomata.

Procuradores belgas disseram que estiveram a investigar o suposto esquema de corrupção no Parlamento Europeu por mais de um ano antes das buscas e prisões nos últimos dias.

"É profundamente dececionante que o governo belga não tenha feito nenhum esforço para entrar em contato com o nosso governo para esclarecer os factos assim que tomou conhecimento das acusações", disse o emissário do Qatar.