Em declarações à Lusa, Pedro Araújo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) adiantou que a maioria das ocorrências “devido às condições meteorológicas adversas” foram quedas de árvores (203), seguidas de 174 inundações, 88 quedas de estruturas e 82 limpezas de via.
“Temos a destacar o distrito de Leiria, que registou um total de 143 ocorrências, seguido do distrito de Lisboa com 135 e depois os distritos de Setúbal e Faro com 47 cada”, avançou.
De acordo com o responsável, para hoje, “do ponto de vista meteorológico há um desagravamento [das condições meteorológicas adversas]”.
“Todavia, vamos manter os distritos de Braga, Porto, Vila Real, Viseu, Aveiro, Coimbra e Leiria em aviso amarelo para a precipitação, devido à sua persistência, que por vezes pode ocorrer de forma forte”, acrescentou.
O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Na sexta-feira, até as 18:00, tinham sido contabilizadas 309 ocorrências devido ao mau tempo, sendo o distrito de Lisboa aquele onde se assinalavam mais casos, com 113 ocorrências.
O maior número de ocorrências registadas até então foram pequenas inundações (129), seguidas de quedas de árvores (83) e queda de estruturas (37), tendo-se ainda verificado dois deslizamentos de terra.
Entre as mais significativas, fonte da ANEPC destacou as inundações na cidade de Setúbal e de Beja e os “fenómenos estranhos relacionados com o vento” em Palmela (distrito de Setúbal).
Uma tempestade intensa atingiu na sexta-feira de manhã várias zonas da cidade de Beja e provocou a queda de mais de 100 árvores e danos em veículos e infraestruturas, disse à Lusa fonte dos bombeiros.
Já no concelho de Palmela, um fenómeno de ventos fortes ocorrido na Estrada do Lau, provocou a queda de árvores de grande porte, de postes da EDP e fez danos em duas habitações.
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