“Eu estou claramente ao lado da nova liderança, estou totalmente disponível para colaborar naturalmente como deputado europeu, como dirigente da presidência do PPE, onde há um grande trabalho a desenvolver, portanto com certeza que o partido pode contar comigo, como sempre contou”, afirmou aos jornalistas à chegada ao Pavilhão Rosa Mota, no Porto, onde decorre até domingo o 40.º Congresso Nacional do PSD.
Paulo Rangel recusou, no entanto, esclarecer se vai integrar as listas para algum dos órgãos do partido que serão eleitos no domingo, considerando que a “questão dos órgãos não interessa”.
Perante a insistência dos jornalistas, o antigo candidato à liderança do PSD, que concorreu contra Rui Rio, recusou sempre responder.
E considerou que “o que interessa é o PSD estar unido e mobilizado” para os próximos combates, remetendo para o novo líder, Luís Montenegro, apontando que ele é que é “responsável pelos convites”.
“Sinceramente, o que é essencial hoje é a mensagem de unidade e de mobilização do partido para cumprir as tarefas nacionais”, salientou Paulo Rangel.
Sobre a possibilidade de Jorge Moreira da Silva, que concorreu contra Montenegro nas últimas diretas, integrar a nova direção, Rangel considerou que “há grandes sinais de agregação” que está convicto que “se vão materializar”.
“É natural e é normal nesta fase, com os desafios que o partido tem, que isso aconteça”, defendeu.
O deputado ao Parlamento Europeu elogiou o primeiro discurso do novo líder, na sexta-feira à noite, referindo que foi “a primeira mostra do que vai ser o seu programa e a sua linha de ação”.
O ex-candidato a líder social-democrata apontou também críticas ao atual Governo liderado por António Costa, considerando que “apesar de ter apenas três meses, já deu sinais de incompetência total na área da saúde” e “um sinal muito mau na questão do aumento dos preços”.
“Não há respostas para o aumento descabido dos preços da energia e dos preços dos alimentos”, criticou.
A par disto, juntou-se “o problema do aeroporto, em que mostra total desorganização, desautorização”, acrescentou, defendendo que “não é capaz de se entender” que um “ministro que desafia e desautoriza o primeiro-ministro e se mantém em funções”.
Na opinião de Paulo Rangel, estas são três razões para que PSD dê um “sinal de grande mobilização, estar ao lado do povo do portugueses, estar ao serviço do interesse nacional”.
O eurodeputado disse que ainda não tinha decidido se iria falar ao congresso por ter a voz “muito fraca”.
O 40.º Congresso Nacional do PSD decorre até domingo no Pavilhão Rosa Mota, no Porto.
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