Num discurso que vai proferir hoje em Londres, do qual excertos foram tornados públicos, May saudou a ação conjunta, em solidariedade com o governo britânico, que denunciou o envolvimento da Rússia no ataque com o agente neurotóxico ‘novichok’.
Mais de 150 agentes de agências de informações russas foram expulsos pelo governo britânico e por outros 28 países aliados e pela NATO, o que levou Moscovo a retaliar e a expulsar número idêntico de pessoal diplomático dos respetivos países.
Segundo May, aquela foi “a maior expulsão coletiva de sempre de oficiais de inteligência russos, degradando profundamente a capacidade dos serviços de informação russos nos próximos anos”.
Sergei Skripal, um britânico de origem russa com 66 anos e antigo agente russo que colaborou com os serviços secretos britânicos, foi encontrado juntamente com a filha de 33 anos, Yulia, de nacionalidade russa, semi-inconscientes num banco de jardim em 04 de março.
Mais tarde foi apurado que tinham sido envenenados com um agente neurotóxico de nível militar, o que obrigou à sua hospitalização durante semanas em estado grave, mas o tratamento foi bem-sucedido, recuperando também o agente de polícia Nick Bailey, que também tinha sido contaminado.
Em 08 de julho, a britânica Dawn Sturgess, de 44 anos, da localidade vizinha de Amesbury, morreu após manusear um recipiente encontrado num local público que continha o agente neurotóxico, resultando numa investigação de homicídio.
No início de setembro, as autoridades britânicas confirmaram que na origem do ataque estavam dois agentes da agência russa GRU, os quais identificou com base em registos de viagens e imagens de videovigilância, bem como a análise do quarto de hotel onde ficaram hospedados e onde foram encontrados vestígios de ‘novichok’.
Theresa May vai hoje discursar esta noite no banquete após a posse do novo Mayor da City de Londres, uma figura responsável pela promoção internacional do bairro onde está o centro financeiro da capital britânica, e que normalmente é aproveitado para falar da política internacional do governo.
No ano passado, a primeira-ministra também criticou a atividade hostil da Rússia, nomeadamente através da anexação da Crimeia, da invasão do espaço aéreo de diferentes países europeus, incluindo Portugal, e do envolvimento em ataques informáticos internacionais.
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