Quatro reclusos aproveitaram a reforma da funcionária administrativa que controlava as contas dos bares da cadeia de Izeda, em Bragança, para tirar mais de 31 mil euros em produtos, conta o Jornal de Notícias (JN).

Como a trabalhadora foi substituída por uma colega que não conhecia tão bem o funcionamento do programa contabilístico, o crime passou despercebido. O esquema foi descoberto no início deste ano e o Ministério Público está a investigar.

“Na sequência do balanço contabilístico anual, foi encontrada desconformidade contabilística, de milhares de euros, entre os valores apurados e os stocks existentes em dois dos quatro bares de reclusos do estabelecimento prisional de Izeda”, confirma a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.

Desde o início do ano passado, foram retirados produtos como café, tabaco, sumos e produtos de higiene, que eram depois usados como moeda de troca no mercado negro da prisão.

Segundo o JN, os reclusos têm um cartão de débito que evita desvios em dinheiro. Para furtar produtos, desligavam a eletricidade no momento do pagamento, mas o sistema emitia o talão como se o produto tivesse sido adquirido, mas sem registar a transação. Assim, o que era roubado continuava registado no stock do bar.