Cerca de 175 mil eleitores do arquipélago francês localizado no Pacífico, colonizado em 1853 e com importantes reservas de níquel, foram chamados a dizer se querem ou não que “a Nova Caledónia aceda à plena soberania e se torne independente”.
O referendo decorreu sem incidentes de relevo, mas os separatistas ganharam terreno face aos resultados previstos pelas sondagens.
Os acordos de Noumea, celebrados em 1998, preveem que se façam outros dois referendos nos próximos quatro anos.
Os partidários da independência, que têm o seu principal apoio entre a população autóctone, os kanaks, que são os setores mais pobres da sociedade, podem exigir mais dois referendos nos próximos quatro anos, ao mesmo tempo que, na sua condição de ex-colónia, mantêm o direito de autodeterminação reconhecido pela ONU.
Os unionistas consideram que a independência levaria a Nova Caledónia a cair sob a influência da China.
Uma dezena de observadores das Nações Unidas vigiou o escrutínio, bem como duas centenas de agentes enviados pela França.
Para impedir incidentes, após o apelo para o boicote feito pelos grupos independentistas mais radicais, as autoridades francesas enviaram da metrópole reforços policiais, destacados para a ilha principal, onde se situa a capital do arquipélago, Noumea, e também para as outras ilhas de menor tamanho.
O primeiro-ministro, Edouard Philippe, vai reunir-se na segunda-feira com as principais forças políticas da Nova Caledónia para analisar os resultados do referendo.
[Notícia atualizada às 14h35 - Apresenta resultados finais do referendo]
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