"A reabertura do Cristo simboliza a reabertura do Brasil ao turismo", disse o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante uma cerimónia no monumento.
Os visitantes terão de usar máscara, manter uma distância mínima de dois metros entre si e não se poderão deitar no chão, algo habitual entre os que querem encontrar o melhor ângulo para fotos diante da gigantesca estátua de braços abertos.
"É uma alegria voltar a visitar o Cristo, apesar do momento difícil pelo qual estamos passando. Tenho certeza de que estão tomando todas as precauções aqui", disse o militar Fabio Moraes, 30 anos, citado pela AFP.
Localizado do morro do Corcovado (710 metros de altitude), no Parque Nacional da Tijuca, o santuário oferece uma vista panorâmica da cidade. O local suspendeu as visitas em março, quando foram impostas as medidas restritivas no estado para travar o contágio do vírus.
Durante esse tempo continuou a funcionar como santuário religioso, com missas sem público e homenagens da Arquidiocese às vítimas da pandemia e aos profissionais da saúde.
Cariocas 'retomam a cidade'
Também abriram ao público neste sábado o bondinho do Pão de Açúcar, que oferece uma vista panorâmica de outro ponto da cidade, o AquaRio e a roda-gigante Rio Star, atração da região portuária inaugurada no ano passado.
"Estamos retomando nossa cidade, podendo visitar novamente um local importante como este, o que me dá esperança de que, em breve, poderemos celebrar todos juntos novamente", disse o empresário Paulo Mendez, 37, com o Pão de Açúcar ao fundo.
A Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) calcula que nos últimos cinco meses o turismo brasileiro deixou de faturar 154 mil milhões de reais (quase 24 mil milhões de euros), operando apenas a 14% da sua capacidade.
O estado do Rio de Janeiro, com 17 milhões de habitantes, acumula mais de 14.500 mortes e quase 190.000 contágios pelo novo coronavírus, segundo dados oficiais.
A capital, que iniciou em junho um processo gradual de reabertura económica, registou 33 mortes e 1.365 novos casos nas últimas 24 horas.
Sem perspetiva sobre quando estará disponível uma vacina contra o vírus, a Prefeitura anunciou que está a desenvolver um novo formato para a tradicional festa de fim de ano, que normalmente atrai milhões de pessoas à praia de Copacabana para ver o espetáculo de fogo de artifício.
As autoridades pretendem dividir as celebrações em diversos pontos da cidade e fomentar shows com transmissões ao vivo, para evitar aglomerações.
O carnaval do Rio, com as escolas de samba e os populares megablocos, também corre o risco de ser cancelado pela pandemia.
Em todo o Brasil, o vírus já causou mais de 106.500 mortes e 3,2 milhões de contágios.
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