"Certamente fui alvo de racismo enquanto crescia, sei que existe", disse Rishi Sunak, de 43 anos, à BBC.
O racismo "incomoda como poucas outras coisas", acrescentou o líder do governo conservador. "Exerço uma profissão na qual sou criticado todos os dias, a cada hora, a cada minuto", continuou.
"Um dia, estava com meu irmão mais novo e minha irmã mais nova em Southampton (no sul da Inglaterra) e as pessoas disseram várias coisas e senti-me muito mal", relatou. "Estava com os meus irmãos e não queria que ouvissem e ficassem expostos. Foi muito difícil", enfatizou.
Rishi Sunak foi questionado durante um jogo de críquete, poucos dias após a publicação de um relatório condenatório que descreve a modalidade como racista e sexista. O primeiro-ministro considerou o relatório "triste", sendo um desporto que gosta muito. "Para as pessoas que amam o críquete, é um texto muito difícil de ler", afirmou.
Na mesma entrevista, Rishi Sunak, fez questão de sublinhar que o país é hoje outro. "O que me conforta é que as coisas que me aconteceram quando era criança, não acredito que aconteceriam com os meus filhos hoje. Fizemos um progresso incrível como país e devemos orgulhar-nos disso. O racismo, o sexismo ou qualquer outra coisa não têm lugar em nossa sociedade e quando o vemos, devemos erradicá-lo", enfatizou.
Rishi Sunak, que cresceu em Southampton, é o mais velho de três filhos. O pai é médico no sistema público de saúde e a mãe é farmacêutica. Os avós nasceram na Índia e emigraram para a África Oriental e depois para o Reino Unido na década de 1960.
Sunak estudou política, filosofia e economia nas prestigiadas universidades de Oxford, na Inglaterra, e Stanford, nos Estados Unidos.
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