“Na medida do possível, vamos manter o acordo”, disse Rohani numa conferência de imprensa em Viena, após um encontro com o seu homólogo austríaco, Alexander van der Bellen.
O chamado “Plano de Ação Integral Conjunto” (JCPOA, na sigla inglesa), assinado em 2015 pelo Irão, Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha, é “um acordo importante para o Irão e para a União Europeia(UE)”, sublinhou o mandatário iraniano.
A decisão dos Estados Unidos abandonarem o acordo, anunciada em maio passado, “vai contra as leis internacionais, contra as resoluções das Nações Unidas e contra as obrigações multilaterais”, criticou o líder iraniano, acrescentando que esse “passo estranho” de Washington vai contra os interesses dos próprios Estados Unidos e acabará por prejudicar a primeira potência mundial.
O Irão cumprirá os compromissos assumidos no JCPOA, “desde que possa beneficiar disso”, insistiu.
Para concretizar este objetivo, Rohani considera necessário que “os restantes signatários, exceto os Estados Unidos, possam garantir os interesses” da República Islâmica, declarando que “mostraram uma forte vontade política” neste sentido.
“Esperamos que, no que diz respeito a relações comerciais e económicas (com o Irão), atuem com a mesma determinação”, concluiu.
Van der Bellen adiantou, por seu lado que “a Áustria e a UE continuam a favor da manutenção” do acordo nuclear, que consideram “um elemento chave na não propagação de armas atómicas”.
Destacou ainda que o seu país “lamenta” a saída dos Estados Unidos e as sanções contra Teerão anunciadas por Washington, não só as diretas, mas também as secundárias, que violam o direito internacional devido à sua aplicação extraterritorial.
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