Rohaní falava após a entrada em vigor do segundo pacote de sanções dos EUA contra o Irão, que criminalizam a venda de petróleo e as transações financeiras iranianas com seu Banco Central, entre outros.
Num discurso durante uma reunião com funcionários do Ministério da Economia, transmitido pela televisão, o presidente enfatizou que os EUA queriam reduzir as exportações de petróleo do Irão a zero, mas que o país "continuará a vender" o seu petróleo.
Rohaní qualificou a atual situação como uma "guerra económica" e denunciou as políticas dos EUA, sublinhando que procuram "simplesmente pressionar a população".
No entanto, insistiu que os EUA hoje estão “isolados”, já que a maioria dos países do Mundo rejeita sanções e apoia o acordo nuclear de 2015.
"Não somos os únicos que estão zangados com as políticas dos EUA, até empresas e governos europeus estão com raiva deles", acrescentou.
Depois de abandonar o pacto nuclear, em maio passado, o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que os Estados Unidos iriam mais uma vez impor sanções ao Irão de forma unilateral.
No entanto, os outros países signatários - Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha - estão a tentar combater as sanções e Washington já anunciou que isentará temporariamente oito países da proibição da compra de petróleo iraniano.
No encontro, Rohaní disse que "entre os setores económicos do país, o Ministério da Economia está na vanguarda dessa resistência e luta contra as conspirações dos Estados Unidos".
O presidente pediu para encorajar o setor privado e "transferir parte das responsabilidades dos bancos para o mercado de capitais" nesta época de sanções, de acordo com um comunicado da presidência.
"O mercado de capitais pode desempenhar um papel importante durante o período das sanções, uma vez que estará ativo enquanto os bancos estão limitados", acrescentou.
Considerou igualmente que, neste período, a população beneficiará se for possível aumentar "a distância entre a economia e o setor público".
"Com a ajuda e a unidade do povo, devemos fazer os americanos entenderem que não podem falar com a grande nação iraniana com a linguagem de pressão e sanções, eles têm que ser punidos pela história", afirmou.
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