“Os nossos vizinhos mais próximos, a Finlândia e a Suécia, solicitaram a adesão à NATO. Portanto, a tensão continua a crescer na área de responsabilidade do distrito militar ocidental”, afirmou Shoigu, numa reunião do Ministério da Defesa russo transmitida na televisão pública.

“Estamos a tomar as devidas contramedidas. Para isso, estamos a melhorar ativamente a composição de combate das tropas. Até ao final do ano, serão formadas 12 unidades e subunidades militares no distrito militar ocidental”, explicou.

O ministro da Defesa russo indicou que, ainda este ano, as tropas russas também irão receber mais de 2.000 armas modernas e equipamentos militares.

De acordo com Shoigu, a situação no flanco estratégico ocidental apresenta, no contexto geral, “um aumento das ameaças militares perto das fronteiras russas”, particularmente pela intensidade dos voos da aviação estratégica dos Estados Unidos na Europa, que se multiplicou por 15 – de três para 45 por ano – e pelas visitas de navios norte-americanos com mísseis guiados, que se tornaram sistemáticas no Mar Báltico.

O ministro referiu ainda que, só este ano, entraram seis vezes no enclave russo báltico de Kaliningrado (estrategicamente localizado entre a Polónia, a Lituânia e o mar Báltico), zonas de potenciais lançamentos de mísseis de cruzeiro, navios norte-americanos com armas guiadas.

Desde 2016, o sistema de controlo detetou 24 “ações deste tipo”, acrescentou o representante.

Segundo Shoigu, os Estados Unidos e a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) estão também a aumentar a escala de combate dos treinos operacionais perto das fronteiras da Rússia.

Por seu lado, o Exército russo aumentou em 25% o nível de instrução das unidades distritais no inverno passado face ao ano anterior e irá receber, tal como a Marinha, ‘drones’ (aparelhos aéreos não tripulados) estratégicos a curto prazo.

Segundo Moscovo, os ‘drones’ têm sido ativamente usados para tratar de uma grande variedade de tarefas, pelo que o número de voos é agora sete vezes mais frequente do que era há 10 anos.

Na campanha militar na Ucrânia iniciada em 24 de fevereiro, explicou o ministro da Defesa, os ‘drones’ russos realizaram mais de 25.000 horas de voo, sendo usados para tarefas de reconhecimento aéreo e, em áreas urbanas densas, para ataques cirúrgicos seletivos.

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