“Estamos profundamente desapontados pela decisão do presidente norte-americano de sair unilateralmente” do acordo e de “restabelecer as sanções norte-americanas contra o Irão”, refere o ministério num comunicado.
“Estamos extremamente preocupados por os Estados Unidos estarem a agir contra a opinião da maioria dos Estados (…), violando grosseiramente as normas do direito internacional”, adianta.
Segundo Moscovo, a decisão de Trump “é uma nova prova da incapacidade de Washington para negociar” e as “queixas norte-americanas sobre a atividade nuclear legítima do Irão servem apenas para acertar contas políticas” com Teerão.
A Rússia integra o grupo dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, juntamente com os Estados Unidos, Reino Unido, França e China, que com a Alemanha assinaram em 2015 com o Irão o acordo sobre o nuclear, apresentado pelos seus defensores como o melhor meio de evitar que Teerão obtivesse a arma nuclear.
“Não há qualquer razão para minar o acordo que provou a sua eficácia”, sublinha a diplomacia russa, adiantando que a Agência Internacional de Energia Atómica tem confirmado que Teerão está a respeitar os seus compromissos.
O Kremlin já tinha alertado Washington contra o abandono do acordo, considerando que a decisão representaria um duro golpe para o regime da não-proliferação nuclear.
Moscovo e Teerão têm boas relações políticas e económicas e são os dois principais aliados do regime sírio de Bashar al-Assad.
A Rússia construiu no Irão um reator nuclear na central de Bushehr e iniciou os trabalhos para dois novos reatores.
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