Moscovo decidiu expulsar cinco funcionários da embaixada portuguesa na Rússia. A embaixadora de Portugal em Moscovo, Madalena Fischer, foi esta manhã chamada ao ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, tendo sido informada da expulsão de cinco funcionários da embaixada, que terão de abandonar a Rússia no prazo de 14 dias, revela o gabinete de João Gomes Cravinho.
Numa nota enviada pelo ministério dos Negócios Estrangeiros português, o governo "repudia a decisão das autoridades russas", argumentando que "não tem qualquer justificação que não seja a simples retaliação".
"Ao contrário dos funcionários russos expulsos de Portugal, estes funcionários nacionais levavam a cabo atividades estritamente diplomáticas, em absoluta conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", defende Lisboa.
A 5 de abril, o governo português "notificou o Embaixador da Federação Russa da sua decisão de declarar persona non grata dez funcionários dessa missão diplomática, cujas atividades são contrárias à segurança nacional."
No mesmo texto, o governo esclarecia que "nenhum destes dez elementos é diplomata de carreira e que disporão de duas semanas para abandonar o território nacional." Não há informação que detalhe quem são estes funcionários.
"O Governo português reitera a condenação, firme e veemente, da agressão russa em território ucraniano."
A decisão do ministério dos Negócios Estrangeiros português seguia a linha de vários outros países europeus, que anunciaram a expulsão de diplomatas russos na mesma altura.
Ontem, a Rússia anunciou a expulsão de 34 diplomatas franceses, 27 espanhóis e 24 italianos, em retaliação por medidas semelhantes adotadas por aqueles países a seguir à invasão da Ucrânia.
Na terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou também a decisão de expulsar dois diplomatas finlandeses em retaliação por medida semelhante de Helsínquia
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