
“Nunca e por nada no mundo”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, sobre a exigência do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de a Ucrânia recuperar a soberania sobre os territórios anexados pela Rússia.
Moscovo anexou a Península da Crimeia em 2014 e, depois da invasão de fevereiro de 2022, as regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson.
Lavrov afirmou que a posição de Moscovo sobre as fronteiras “é entendida pela atual administração do [Presidente dos Estados Unidos Donald) Trump, que mais de uma vez disse que Zelensky terá de aceitar a questão territorial”.
“Um regresso às fronteiras de 1991, como Zelensky continua a exigir, é impossível”, insistiu Lavrov, que participou na cidade cazaque de Almaty numa reunião dos chefes da diplomacia dos países membros da Comunidade de Estados Independentes (CEI) pós-soviética.
Lavrov observou que, embora os Estados Unidos queiram abordar as causas profundas do atual conflito na Ucrânia, a Europa recusa-se a fazê-lo, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
A Rússia apela à comunidade internacional para que aceite aquilo a que chama a “realidade no terreno” na Ucrânia, referindo-se ao controlo de quase 20% do território do país vizinho, enquanto Kiev se recusa a aceitar a ocupação russa.
Além disso, de acordo com Kiev, o exército russo lançou uma nova ofensiva nas regiões de Sumi e Kharkiv para criar uma zona de segurança na fronteira.
A CEI, criada em 1991, reúne atualmente Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldova, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão.
A Geórgia e a Ucrânia abandonaram a organização em 2009 e 2018, respetivamente, e o Turquemenistão mudou o estatuto para associado não-oficial em 2005.
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