Paulo de Sousa, o novo presidente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, já colocou em prática o seu plano de reestruturação da SCML, que faz parte de um plano estratégico que vai até 2027. Um dos principais pontos do mesmo diz respeito à redução de funcionário, que passará por dispensar pelo menos 207 trabalhadores, de acordo com uma notícia do Público.

"De salientar que o Plano de Actividades e Orçamento de 2024 (PAO), publicado no site da SCML, refere como “o peso das despesas com pessoal, que em 2022 representaram 63% das receitas totais, devido a uma estrutura de grande dimensão, excessivos níveis hierárquicos e inúmeros cargos de chefia, limita fortemente os recursos a afectar a actividades e missão estatutária”, lê-se no artigo.

Na peça é também também destacado que a "despesa com pessoal ascendeu a 152 milhões de euros em 2023 e a estimativa era de que superasse os 162,6 milhões em 2024".

A ideia passa por um plano de reformas antecipadas e pré-reformas. "A SCML tem ao seu serviço 1838 trabalhadores com 55 anos ou mais. De acordo com um quadro relativo à distribuição dos funcionários por escalões etários, 235 têm 65 ou mais anos, 1603 têm entre 60 e 64 anos e 1774 entre os 45 e os 54".

Apesar dos resultados líquidos da Santa Casa no último ano, 2,4 milhões de euros, com este plano de reestruturação, a "nova direcção da SCML quer alcançar já em 2025 um resultado líquido positivo de cerca de 38,4 milhões de euros".