Na sede de campanha do partido Aliança, o seu fundador e cabeça de lista por Lisboa, Pedro Santana Lopes concedeu que os resultados projetados — que neste momento colocam o partido com 0,68% — consistem numa "derrota" para o partido, que queria obter "representação parlamentar".

Pedro Santana Lopes, que reagia desta forma aos resultados conhecidos das eleições de hoje, felicitou o PS e António Costa pela vitória nas legislativas e ainda os novos partidos que “conseguiram ou vão conseguir representação parlamentar”.

"Não pertencemos ao grupo daqueles que têm sempre uma maneira de pintar a sua derrota e transformá-la numa vitória", disse o líder do Aliança, assumindo-se com o culpado do resultados. "Sim, sou o primeiro responsável", admitiu.

Assumindo-se como o responsável pelo resultado da Aliança – que não deverá eleger deputados, a confirmarem-se as projeções – Pedro Santana Lopes referiu-se ao anúncio de Assunção Cristas, de que não se candidatará à presidência do CDS, como tendo “um sabor a muita injustiça”.

“Lidero um partido que não tem 40 anos”, disse, afirmando que se a Aliança tivesse 40 anos e já estivesse estabilizado, provavelmente seguiria os passos de Assunção Cristas.

No sábado, revelou, vai dizer no Senado do partido que está ao dispor e com isso quer dizer está disposto a sair ou para continuar.

“A Aliança continua. A Aliança não é um projeto de uma só pessoa, é um projeto coletivo”, referiu, declarando-se especialmente motivado para as próximas eleições autárquicas, agendadas para 2021.