“A Rússia tem um estatuto particular na OIM, é observadora, mas não vota. Mas fiz questão de apresentar a razão de ser dessa candidatura e de apresentar também o nosso candidato a um país cuja influência política é de todos conhecida”, disse à Lusa Augusto Santos Silva, no final de uma reunião, em Moscovo, com o homólogo russo, Serguei Lavrov.
A candidatura de António Vitorino foi formalizada pelo Governo português em dezembro último em Genebra, sede da OIM, sendo o antigo comissário europeu (1999/2004) apresentado como “profundo conhecedor da questão das migrações.
“(A candidatura demonstra a relevância que Portugal atribui à temática e ao diálogo em matéria de migrações e à premente necessidade de serem encontradas soluções eficazes para os problemas migratórios no quadro internacional”, justificou então o Governo português.
As eleições estão previstas para junho deste ano e, para ser eleito, Vitorino, também antigo ministro da Presidência e da Defesa português (1995/97), necessita de obter 106 votos de uma assembleia-geral que conta com 166 membros.
Vitorino presidiu também ao Instituto Notre Europe, um “think thank” criado por Jacques Delors em 1996.
Para já, conhece-se apenas uma adversária, a vice-diretora-geral da própria OIM, a costa-riquenha Laura Thompson, no cargo desde 2009 e que foi reeleita em 2014.
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