Em comunicado, a Associação Nacional dos Sargentes da Guarda (ANSG) refere que o modelo de descongelamento dos escalões remuneratórios apresentado pelo Governo não tem em conta “as situações específicas dos militares”, nem a situação dos elementos da GNR que se encontram na reserva.
A ANSG reagia ao diploma aprovado na semana passada em Conselho de Ministro em que os militares das Forças Armadas e GNR, magistrados e oficiais de justiça vão recuperar 70% do período em que estiveram congeladas, mas de forma faseada em três momentos, que começam em junho de 2019 e terminam em 2021.
A associação que representa os sargentos da Guarda Nacional Republicana sublinha também que a secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna apresentou os dados da recuperação do tempo das carreiras dos militares da GNR “como sendo uma benesse”, mas “o tempo a recuperar fica muito abaixo do que se propõe atribuir às outras carreiras especiais do Estado”.
Segundo Isabel Oneto, cerca de oito mil militares da GNR podem ver a sua progressão na carreira antecipada para este ano.
“A GNR teria este ano 3.600 militares a progredirem e no próximo ano cerca de 14 mil. Com este modelo é possível antecipar, com pelo menos oito mil militares a verem já a progressão nas suas carreiras”, afirmou a secretária de Estado, na semana passada.
A ANSG refere ainda que o Governo “nega toda e qualquer proposta apresentada”, considerando que o processo de negociação “não passou de uma mera ficção”.
“O Governo apenas cumpriu um ato administrativo ao chamar as associações a pronunciar-se quando todas as propostas apresentadas são colocadas na gaveta”, frisa a ANSG, defendendo, nesse sentido, uma revisão da lei do associativismo da GNR e das restrições aos direitos fundamentais dos militares da GNR.
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