Os elefantes foram mortos na semana passada quando saíram do Parque Nacional de Mago para beber água, segundo disse à agência AFP o diretor do parque, Ganabul Bulmi.
“Os caçadores furtivos retiraram todas as presas dos elefantes. Foi uma matança em massa. Nunca tínhamos visto nada assim”, disse.
Dois outros elefantes podem ter sido mortos no mesmo dia, 26 de maio, disse o diretor, revelando que a investigação ao sucedido ainda está a decorrer.
“Também se revelou difícil prender os autores [do massacre] porque os habitantes locais que vivem na zona estão armados e não estavam dispostos a envolver funcionários”, disse Ganabul Bulmi.
Segundo as autoridades responsáveis pela vida selvagem, a Etiópia tinha mais de 10.000 elefantes nos anos 1970, mas a caça furtiva e a degradação do habitat reduziram o número para cerca de 2.500 a 3.000 nos últimos anos.
“Não pensamos que haja uma caça furtiva organizada na Etiópia. No ano passado documentámos até 10 mortes de elefantes”, disse Daniel Pawlos, o diretor de tráfico e controlo da Autoridade para a Conservação da Vida Selvagem, uma entidade governamental.
“A procura desencadeia a caça furtiva ilegal. O que torna a última caça furtiva diferente é o elevado número de elefantes mortos num único dia”, adiantou.
Os funcionários suspeitam que a maioria das presas de elefantes e outros produtos retirados a estes animais são transportados para fora do país, nomeadamente a China e outros países do Sudeste Asiático.
Em 2015, os funcionários etíopes queimaram 6,1 toneladas de presas de elefante ilegais, bugigangas de marfim, esculturas e várias formas de joalharia para desencorajar a caça furtiva e o comércio do marfim.
A maioria dos elefantes na Etiópia vive nos parques nacionais de Babile, Mago e Gambella.
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