“Queremos deixar claro o que disse no dia 15 [de maio] ao senhor ministro [da Educação]: Os profissionais de educação querem justiça. Nós não queremos estrangulamentos na carreira, nós queremos que o pessoal não docente tenha também direito a salários e carreira dignas para todos e, por isso, vamos continuar a luta”, alegou.
Numa conferência de imprensa que decorreu na hora de almoço, nas imediações da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, André Pestana informou que a greve às provas de aferição ficou agendada para os dias 02, 05, 06, 07, 15 e 20 de junho.
“Já antes de anunciar [a greve], era público que muitos pais até se iam recusar a entregar os seus filhos, porque acham, de facto, que isto não tem ponta por onde se pegue e que é também uma luta para denunciar que as prioridades estão trocadas”, acrescentou.
No seu entender, é necessário investir na saúde e na educação em particular, bem como nos seus profissionais, e “não em negociatas obscuras”.
Aos jornalistas, André Pestana disse ainda que se continua a assistir “a fortes ataques ao direito às greves”, em particular àquelas que são dinamizadas pelo Stop.
“Temos já provas de que, por exemplo, o presidente do júri nacional de exames respondeu, por ‘email’, a um diretor, para efetivamente substituir professores que estejam em greve, algo que é claramente ilegal”, destacou.
O Stop garantiu ainda saber que, no Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar, em Vila Real, “o diretor disse que a DGEST deu ordens para substituir todos os professores em greve”.
“Isto é claramente gravíssimo e são atropelos ao direito à greve”, sustentou.
Segundo André Pestana, em 15 de maio o Stop deu conhecimento destes “atropelos à greve” ao ministro da Educação, que ficou de “averiguar”.
“Já enviámos as provas que temos ao senhor ministro e aguardamos que ele também nos esclareça. Mas, independentemente da resposta do senhor ministro, iremos levar, em pelo menos uma situação em que temos provas, à justiça”, concluiu.
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