“Trata-se de um claro desrespeito pelo esforço de contenção feito pelos trabalhadores”, afirma Paulo Marcos, presidente do SNQTB, citado em comunicado.
Os acionistas do Millennium BCP, hoje reunidos em assembleia-geral, aprovaram uma proposta para o pagamento extraordinário de 4,9 milhões de euros para os fundos de pensões dos atuais administradores executivos do banco, medida que gerou contestação dos trabalhadores.
De acordo com fonte do BCP, esta proposta foi aprovada com 99,47% de votos favoráveis na reunião magna, que decorreu nos edifícios do banco no Taguspark, em Oeiras, contando com cerca de 63% do capital social total presente.
Porém, a medida gerou a contestação da Comissão de Trabalhadores (CT), que marcou presença à entrada da assembleia-geral.
O SNQTB refere que na Assembleia-geral ficou também decidida a criação das comissões de Governo Societário, Ética e Deontologia, onde “não existe a possibilidade de participação ou representação de trabalhadores qualificados”.
“O SNQTB lamenta que os trabalhadores não possam integrar estes órgãos, como acontece nas mais avançadas democracias e economias europeias como a Alemanha ou os países nórdicos”, disse Paulo Marcos.
O responsável salienta ainda que, no caso do Millennium BCP, órgãos como a Comissão de Remunerações e Nomeações, o Conselho de Remunerações e Previdência e o Conselho de Auditoria, deverão ter representantes dos sindicatos na sua composição.
“O sindicato manifestou a sua concordância com os documentos de prestação de contas, com a proposta de aplicação de resultados do exercício de 2017 e com as equipas propostas para o Conselho de Administração, Comissão de Auditoria e Conselho de Remunerações e Previdência para os mandantes de 2018”, acrescenta.
O documento explica que o SNQTB adquiriu o número de ações estritamente necessário para marcar presença nas assembleias-gerais de acionistas de vários bancos, entre eles o Millennium BCP.
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