"Vou abandonar o grande Centro Médico Walter Reed às 18:30 [23:30 em Lisboa]", anunciou o presidente dos EUA, Donald Trump, através da sua conta oficial de Twitter.
Trump diz também que se sente "muito bem" e "melhor do que há 20 anos", dizendo às pessoas para "não ter medo da Covid-19" e "não deixar que esta domine as nossas vidas".
O presidente dos EUA antecipou-se assim à sua equipa médica, que meia-hora depois apresentou-se em frente às instalações de saúde para o briefing sobre o estado de saúde de Trump, confirmando a sua alta hospitalar.
Apesar de ainda "não se encontrar fora de perigo", o médico pessoal de Trump, Sean Conley, disse que as condições de saúde permitem "um regresso seguro a casa", adiantando que o presidente dos EUA não tem febre há 72 horas e que os níveis de oxigénio estão normais.
"Nas últimas 24 horas, o presidente continuou a melhorar", disse Conley, adiantando que Trump vai receber mais uma dose do medicamento remdesivir e que depois o plano é "levá-lo para casa".
Os novos dados quanto ao estado de saúde de Trump surgem depois de Conley ter ontem revelado que o presidente foi tratado com esteroides, depois de duas descidas dos seus níveis de oxigénio no sábado. Quanto ao timing da administração deste novo tratamento, o médico disse que é um procedimento comum "mandar pacientes com medicações" para casa e que Trump até já tinha "provavelmente cumprido quase todos os requisitos para receber alta" ontem à tarde.
Conley, porém, voltou a recusar-se a responder quanto à última vez que Trump foi testado e a revelar se o presidente susteve danos nos pulmões.
A equipa médica de Donald Trump já tinha ontem admitido a possibilidade de Donald Trump sair do hospital a partir de hoje, sendo que no domingo o presidente saiu brevemente do Hospital Militar Walter Reed para saudar apoiantes concentrados nas imediações daquela unidade hospitalar, uma ação altamente criticada pela o risco de infeção a que expôs a sua comitiva.
Quanto às questões do risco de Trump ser novamente transportado por terceiros, Conley disse que o presidente "tem sido rodeado por profissionais médicos e de segurança durante dias a usar equipamentos de proteção individual" e que tal aconteceu também durante o passeio de domingo.
Conley rejeitou ainda que Trump tenha insistido para antecipar a sua alta médica, apesar de algumas fontes apontarem nesse sentido.
Trump tem 74 anos e é clinicamente obeso, o que o coloca em maior risco de complicações graves por causa do vírus que infetou mais de 7 milhões e matou mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos.
Na sexta-feira Donald Trump anunciou na sua página pessoal da rede social Twitter que, tal como a primeira-dama, Melania, tinha testado positivo ao coronavírus e que iria ficar em quarentena.
Horas depois, foi internado por medida de precaução no Hospital Militar Walter Reed.
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