Este anúncio surge poucas horas depois do começo do cessar-fogo acordado entre Rússia e Turquia para todo o território sírio, que entrou em vigor à meia-noite (21:00 desta quarta-feira em Lisboa). O cessar-fogo ontem acordado não contava com a participação dos "grupos terroristas", de acordo com a definição utilizada pela agência noticiosa estatal da Turquia, Anadolu.

"O comando geral das forças armadas anuncia uma suspensão completa de todas as hostilidades em território sírio a partir das 00:00 de 30 de dezembro", lê-se num comunicado difundido hoje em Damasco.

Com a 'entrada' dos rebeldes sírios no acordo, a retirada de milhares de civis das zonas de conflito é agora facilitada.

A oposição síria, a principal força de oposição ao regime de Assad, também anunciou em comunicado que "dá o seu apoio ao acordo e pede a que todas as partes que se submetam a ele".

"Foram assinados três documentos: o primeiro é entre o governo sírio e a oposição armada sobre o cessar-fogo para a totalidade do território sírio", disse Putin, acrescentando que os outros documentos se referem a negociações de paz.

Também hoje Putin anunciou uma redução da presença militar russa na Síria, onde marca presença desde Setembro de 2015 ao lado das tropas fiéis ao regime de Assad. Apesar desta redução, o Presidente da Rússia garantiu que vai "continuar com a luta contra o terrorismo internacional".

O Ministro dos negócios estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse que Turquia e a Rússia atuariam como garantes do plano de paz armada.

Representantes de Assad e da oposição síria vão encontrar-se no Cazaquistão em data a definir.

Apesar desta trégua, os dois principais grupos jihadistas que atuam na Síria, o auto-proclamado Estado Islâmico e Jabhat Fateh al-Sham não participam neste acordo de cessar-fogo.