Durante um passeio de moliceiro na ria de Aveiro, ao lado do candidato à Câmara, Ribau Esteves, o líder do PSD escusou-se a comentar as palavras do secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, que hoje no Fórum TSF acusou o PSD de ter "cavalgado" uma notícia alegadamente mal explicada e desafiou o semanário a revelar a sua fonte.
"Assistimos a uma ação concertada do Partido Social Democrata, do principal partido da oposição, que tinha a obrigação de ter uma responsabilidade acrescida na forma como trata estes temas", afirmou o secretário de Estado, referindo-se tanto à tragédia que sucedeu em Pedrógão, depois ao furto de material de guerra em Tancos.
"Acho que a acusação é suficientemente ridícula para que o Expresso trate do assunto, acho que não é necessário eu responder", afirmou o líder do PSD.
Para Passos Coelho, "o PS deu muitas mostras de criar sempre casos de campanha para distrair as atenções".
"Espanta-me que o Governo também tenha essa atitude, mas deixo ao Expresso responder a esse tipo de acusações", acrescentou.
O semanário Expresso fez no sábado manchete com um "Relatório das secretas sobre Tancos" que, segundo o jornal, "arrasa ministro e militares".
No entanto, o primeiro-ministro veio depois dizer que esse relatório não foi produzido por nenhum serviço de informação do Estado, e, mais tarde, o ministro da Defesa falou mesmo num "documento fabricado" e sugeriu objetivos políticos.
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