A ação, prevista para o talhão 57 do pinhal de Leiria, uma área que iria receber 1.000 árvores doadas pela instituição, foi, num primeiro momento, substituída por um encontro entre o ex-futebolista e cerca de 60 crianças do agrupamento de escolas da Marinha Grande, no pavilhão dos bombeiros de Vieira de Leiria.
Dirigindo-se aos alunos, Figo assinalou o "prazer e honra" da Fundação com o seu nome poder contribuir para replantar o pinhal de Leiria, que definiu como "uma zona emblemática" do país e agradeceu aos bombeiros, locais e a nível nacional, pelos quais disse sentir "admiração e orgulho", afirmando que todos os anos lutam "em diferentes frentes" para conter os incêndios que "acontecem sempre" em Portugal.
Na improvisada sessão, o técnico do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Octávio Ferreira, fez uma breve explanação sobre a história do pinhal de Leiria, o destino da madeira ali produzida e como se faz a reflorestação, lembrando às crianças que os pinheiros "vão demorar muito tempo a crescer".
Aos jornalistas, o técnico do ICNF explicou que o talhão em causa tem cerca de 36 hectares e que para ser totalmente reflorestado serão necessárias 72 mil árvores (sensivelmente duas mil por hectare).
Já uma dirigente da associação ambientalista Quercus, entidade parceira da Fundação Luís Figo nesta ação de reflorestação do pinhal de Leiria, explicou como plantar os pinheirinhos "de dois em dois metros", enterrando "toda a parte da raiz" e colocando terra à volta, num terreno previamente preparado para o efeito.
Após a sessão, Luís Figo, dirigentes da Fundação com o seu nome, elementos do ICNF e Quercus e dois autocarros onde se faziam transportar as 60 crianças e professores do agrupamento de escolas da Marinha Grande, deslocaram-se ao pinhal de Leiria, mas a ação de reflorestação não aconteceu, devido ao vento forte e muita chuva que se fazia sentir.
Face às condições climatéricas adversas, as crianças não chegaram a sair dos autocarros e o ex-futebolista, que se deslocou de Madrid, na manhã de hoje, abandonou o local sem plantar qualquer árvore.
De acordo com a Quercus, as 1.000 árvores disponibilizadas pela Fundação Luís Figo serão plantadas no talhão 57 nos próximos dias.
Comentários