Segundo fonte da Força Local (paramilitar), os rebeldes protagonizaram o ataque por volta das 18:00 (16:00 em Lisboa) à sede do posto de Muaguide, onde feriram um agente da polícia moçambicana, destruíram a casa do chefe do posto e saquearam medicamentos no centro de saúde local.

“Queimaram lá o palácio, posto policial, feriram um membro da polícia e saquearam medicamentos no posto de saúde”, disse, sob anonimato, um membro da Força Local.

Os terroristas dirigiram-se depois para a comunidade de Mariria, a cerca de um quilómetro de Meluco sede, onde saquearam produtos de primeira necessidade em duas barracas e queimaram duas residências.

“Saquearam bens nas duas barracas e queimaram duas casas, só que não houve perda de vidas”, disse a fonte.

Após o ataque, a população de Muaguide abandonou a aldeia e percorreu os 50 quilómetros a pé até à sede de Meluco.

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários morto e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que apoiam Moçambique no combate aos rebeldes.