O navio-escola Sagres, que deveria estar na Doca de Alcântara, em Lisboa, entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro, está atrasado, confirma fonte oficial da Marinha ao SAPO24.

A demora na chegada está relacionada com as condições de navegação no Atlântico e com as próprias características da embarcação. "A Sagres vai chegar mais tarde a Lisboa porque apanhou ventos contrários de algumas tempestades tropicais, nomeadamente a Emily", explica.

"Desde a largada de Cartagena das Índias, o navio passou pela tempestade tropical Emily, com ventos superiores a 100 km/h, e apanhou o anticiclone dos Açores muito a norte da sua posição normal, apanhando ventos contrários, o que exigiu que a navegação fosse ajustada para ultrapassar estes ventos contrários, sempre em segurança", referiu também a Marinha em resposta escrita ao SAPO24.

"São situações que ocorrem no mar e, como diz a expressão popular, 'não se pode mudar o vento mas podem-se ajustar as velas'. Foi isso que a guarnição do navio fez, ajustando o plano de navegação às condições e amanhã chegará e estará presente no desfile náutico da Tall Ships perante o público português, cujo apoio é sempre muito motivador para todos quantos participam".

Contudo, prevê-se que o navio chegue a tempo do desfile naval da The Tall Ships Races, que "começa às 14:00 frente ao Cais das Colunas e passa às 14:45 em Belém".

O NRP Sagres iniciou a 18 de junho uma viagem rumo à América do Sul, onde participou nas celebrações do bicentenário da Marinha da Colômbia, mas acabou por sofrer uma avaria num dos geradores e foi reparado por um estaleiro colombiano porque o preço era "conveniente". Com este percalço, o navio acabou por estar mais dias no país.

Desde o anúncio da viagem, estava previsto que navegasse durante 73 dias, até ao final de setembro, o equivalente a cerca de 1.752 horas de navegação.