Uma delegação do sindicato representativo das 463 trabalhadoras da antiga Triuimph reuniu-se esta tarde com o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e com um representante do Ministério do Trabalho para abordarem o futuro da fábrica, localizada no concelho de Loures.
Na quarta-feira as trabalhadoras tinham sido informadas de que foi decretada a insolvência da empresa e por isso seriam alvo de despedimento coletivo, podendo, contudo, aceder ao subsídio de desemprego e ao fundo de garantia social.
“Já tínhamos solicitado, anteriormente, uma reunião com o ministro, mas não tinha sido possível. Hoje convocou-nos para nos esclarecer sobre as notícias que têm saído sobre a possibilidade de existirem investidores para a fábrica”, referiu à agência Lusa Manuela Prates, do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Curtumes do Sul.
A sindicalista referiu que o ministério esclareceu que não existe, para já, nada de concreto e que o sindicato insistiu na ideia de que “é muito importante conseguir encontrar uma solução para a fábrica continuar a laborar”.
Por outro lado, no decorrer da reunião, o sindicato foi informado por um representante do Ministério do Trabalho de que as trabalhadoras iriam começar a receber a partir do dia 10 de fevereiro o subsídio de desemprego.
“O desfecho desta situação representou uma vitória das trabalhadoras que lutaram até ao fim pelos seus direitos. Uma palavra também para a Câmara Municipal de Loures que nos ajudou muito neste processo”, sublinhou.
Manuela Prates adiantou ainda que o ministro da Economia pretende reunir-se brevemente com a administradora de insolvência para discutir o futuro da empresa.
“Aquilo que sabemos é que há um período de três meses para tentar encontrar um investidor que adquira a fábrica. Se não existir, terá de se partir para um leilão do imóvel e do recheio”, explicou.
Entretanto, na quinta-feira irá ser iniciado o processo de inventário dos bens existentes na fábrica.
A empresa alemã Triumph possuía uma fábrica em Sacavém, concelho de Loures, que foi adquirida em setembro de 2017 pela empresa Têxtil Gramax Internacional (TGI), uma sociedade portuguesa de capital suíço.
O processo de venda, que decorreu durante um ano, chegou a ser muito contestado pelos cerca de 500 trabalhadores, assim como pela Câmara Municipal de Loures, que temiam que a fábrica encerrasse definitivamente.
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