Em causa estavam uma caçadeira modificada, com os canos cortados, e mais de meia centena de munições de diversos calibres, que foram apreendidos pela GNR em novembro de 2014, durante uma busca a uma quinta situada em Várzea em Arouca, propriedade do pai do arguido.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), Pedro Dias utilizava a referida quinta para guardar vários objetos e também para manter vários animais que detinha, tais como um burro, um cavalo, várias cabras anãs e inúmeras aves de espécies variadas.
As munições, algumas delas em mau estado de conservação, mas funcionais, foram encontradas nas cavalariças e nas coelheiras.
Já a arma estava atrás da porta da casa de banho de uma habitação onde Pedro Dias costumava pernoitar e fazer as suas refeições.
O MP diz que o arguido não era titular de licença de uso e porte de arma e sabia que a arma que detinha era modificada, com os canos cortados, e como tal proibida a sua mera detenção.
As autoridades apuraram ainda que algumas das aves encontradas na referida quinta tinham sido furtadas de um centro de reprodução, o que deu origem a um outro processo pelo qual Pedro Dias foi condenado a dois anos de prisão efetiva.
Além desta pena, Pedro Dias foi condenado pelo Tribunal da Guarda à pena máxima de 25 anos de prisão, em cúmulo jurídico, por vários crimes cometidos em Aguiar da Beira, entre os quais três homicídios consumados.
A advogada de defesa, Mónica Quintela, informou que já foi interposto recurso do acórdão proferido pelo Tribunal da Guarda.
Pedro Dias tem ainda um processo que vai começar a ser julgado na próxima semana, no Tribunal de Évora, por furto numa herdade naquele concelho, ocorrido em 2012.
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