
A carta com o convite do monarca britânico foi entregue em mãos a Trump na Sala Oval da Casa Branca pelo primeiro-ministro Keir Starmer, que realiza hoje uma visita oficial a Washington.
“Este é um convite para uma segunda visita de Estado. Isto é muito especial. Nunca aconteceu antes. Não tem precedentes. E penso que simboliza a força da nossa relação”, disse Starmer ao entregar a carta ao presidente, perante a comunicação social.
Trump aceitou a proposta em seu nome e no da primeira-dama Melania Trump e disse que seria “uma honra” regressar ao Reino Unido, que descreveu como um “país maravilhoso”.
Em junho de 2019, no seu primeiro mandato, Trump realizou uma visita de Estado de três dias ao Reino Unido, a convite da falecida Rainha Isabel II, durante a qual participou num banquete real.
Barack Obama e George W. Bush foram os únicos outros presidentes dos EUA a fazer visitas de Estado ao Reino Unido durante o reinado de sete décadas de Isabel II.
Starmer encontra-se com Donald Trump três dias depois do Presidente francês também ter estado na Casa Branca e tal como Emmanuel Macron discutirá com o Presidente norte-americano uma solução para o conflito na Ucrânia, depois de Washington ter iniciado contactos diretos com a Rússia sobre o tema sem consultar os aliados da NATO ou Kiev.
No espaço de duas semanas, Trump alterou completamente a posição dos Estados Unidos relativamente à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, chegando mesmo a descrever Volodymyr Zelensky como um “ditador”, termo que tem recusado usar em relação a Vladimir Putin, que está no poder há mais de um quarto de século, com uma longevidade apenas superada pela do ditador soviético Stalin.
Nos últimos dias, houve discussões tensas entre representantes norte-americanos e ucranianos sobre um acordo relativo à exploração de minerais ucranianos pelos Estados Unidos, que Trump exige como compensação pelo apoio norte-americano ao longo dos últimos no combate à invasão russa iniciada há três anos.
O Presidente dos EUA confirmou que o seu homólogo ucraniano se deslocaria a Washington na sexta-feira para finalizar um acordo-quadro sobre a matéria.
Trump afirmou na quarta-feira que a Ucrânia pode “esquecer” a adesão à NATO e que cabe aos europeus – e não aos americanos – dar garantias de segurança a Kiev, no âmbito de um plano para resolver o conflito.
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