“O juiz Kavanaugh mostrou à América exatamente porque é que o nomeei. O seu testemunho foi poderoso, honesto e firme. A estratégia democrata de busca e destruição foi uma vergonha e este processo foi uma fraude total e uma tentativa de atrasar, obstruir e resistir. O Senado deve votar!”, escreveu Donald Trump na sua conta na rede social Twitter.
A reação do Presidente norte-americano surge no final de mais de oito horas de audições no Comité Judicial do Senado, em que testemunharam o juiz e a professora universitária Christine Blasey Ford, a primeira de três mulheres que acusaram publicamente Brett Kavanaugh de abusos sexuais.
A professora de psicologia da Califórnia foi a primeira a ser ouvida, manifestando-se aterrorizada por estar a testemunhar, mas afirmando ser um dever cívico tornar públicas as acusações.
Christine Blasey Ford acusa Brett Kavanaugh de tentar violá-la durante uma festa em 1982, quando ambos frequentavam o ensino secundário.
Ford garantiu que não existiu qualquer engano sobre a identidade do agressor, sublinhando que sentiu que era sua responsabilidade contar a verdade.
Diante dos senadores, Christine Blasey Ford declarou que a agressão está gravada na sua memória e que a tem perseguido ao longo dos anos.
A professora universitária relatou que Kavanaugh, juntamente com outros rapazes, a empurrou para um quarto numa casa durante uma festa, apalpou-a e tentou retirar-lhe a roupa.
Quando tentou gritar, ele tapou-lhe a boca com a mão, disse.
A par de Christine Blasey Ford, pelo menos outras duas mulheres acusaram publicamente, até ao momento, Brett Kavanaugh de conduta sexual imprópria.
Kavanaugh, que testemunhou de seguida, clamou inocência e assegurou que não desiste da candidatura ao Supremo Tribunal.
Negou “categoricamente” todas as acusações de Christine Blasey Ford, garantindo que nunca agrediu sexualmente a professora, nem qualquer outra mulher.
“Estou inocente”, disse Kavanaugh, conservador, 53 anos, assinalando os efeitos desta controvérsia sobre a sua família.
Kavanaugh sustentou ainda que o seu processo de confirmação para um lugar vitalício no Supremo Tribunal norte-americano se “tornou numa vergonha nacional”.
“A minha família e a minha reputação foram destruídas para sempre”, declarou, denunciando o que considera ser um “golpe político orquestrado”.
“Podem derrotar-me na votação final, mas nunca me farão desistir. Nunca”, garantiu.
O painel de senadores decide hoje se a nomeação de Kavanaugh avança para votação no plenário do Senado.
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