Questionado se estaria aberto a reduzir as tarifas em vésperas da reunião, Trump respondeu com um rotundo “não”, durante uma cerimónia para a imprensa na Sala Oval da Casa Branca de juramento do novo embaixador norte-americano em Pequim, David Perdue.

“Precisam de impedir a entrada de fentanil [nos Estados unidos]. Essa seria uma condição muito importante”, justificou Trump, referindo-se às exigências que Washington fará no fim de semana em Genebra para um futuro acordo.

Trump negou a afirmação de Pequim de que o início do diálogo em Genebra será realizado a pedido dos Estados Unidos.

“Disseram que fomos nós que iniciámos [a reaproximação]? Bem, acho que deviam recuar e dar uma vista de olhos aos seus ficheiros”, declarou.

O secretário do Tesouro norte-americano e o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng vão reunir-se na Suíça nos próximos dias, anunciaram na terça-feira ambas as partes, na sequência da imposição recíproca de elevadas tarifas aduaneiras.

“Espero discussões produtivas que visem reequilibrar o sistema económico internacional para melhor servir os interesses dos Estados Unidos”, disse o secretário de Estado norte-americano, Scott Bessent, numa declaração antes da sua viagem.

Desde que Donald Trump iniciou a sua guerra comercial, no início de abril, os Estados Unidos impuseram tarifas de 145% sobre os produtos chineses, e o gigante asiático respondeu com taxas até 125% sobre as importações norte-americanas.

A China anunciou na semana passada que estava a avaliar uma proposta apresentada pelos Estados Unidos para iniciar negociações sobre as tarifas impostas pelos dois países aos seus produtos.