“Estamos a investigar o caso na Turquia, de acordo com as leis turcas. O caso deveria ser julgado aqui. Neste momento não temos intenção de transferir o assunto para a ‘justiça internacional’”, disse Mevlut Çavusoglu à estação de televisão NTV.
“Mas, se um organismo jurídico internacional tomar a iniciativa e começar a investir no caso nós entregaremos todas as provas de que dispomos”, acrescentou o chefe da diplomacia da Turquia.
“A Convenção de Viena (sobre relações diplomáticas) é clara. Isto é território da Arábia Saudita” indicou o ministro referindo-se diretamente ao consulado de Riade em Istambul e à residência do cônsul, edifícios que foram alvo de buscas das autoridades turcas.
O jornalista Jamal Khashoggi desapareceu depois de ter entrado no consulado saudita, no dia 02 de outubro onde terá sido assassinado.
“A mesma Convenção de Viena indica também que a investigação deve decorrer de acordo com as leis turcas. Se há detidos ou outros implicados no assassinato, todos deveriam ser processados e julgados na Turquia”, insistiu.
Çavusoglu reconheceu que a investigação “está a atrasar-se” e, por isso, instou a Arábia Saudita a responder às perguntas das autoridades de Ancara, sobretudo sobre o alegado “esquadrão da morte” que terá operado contra o jornalista crítico do regime saudita.
“Há muitas perguntas que devem ser respondidas sobre as 18 pessoas [detidas em Riade]. Porque estão presas? Quem deu as ordens? Onde está o corpo de Khashoggi?” questionou o ministro.
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