O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já expressou solidariedade para com França. Presidente diz que liberdade e democracia são também vítimas destes atentados. Salientou ainda os valores da tolerância.
Na mensagem enviada a Emmanuel Macron, divulgada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que recebeu com "profunda consternação" a notícia do ataque na Basílica de Nossa Senhora da Assunção, em Nice, no sudeste de França.
"Neste momento difícil, em que a França é novamente confrontada com um vil atentado aos valores que a caracterizam e que nos unem, que condeno nos termos mais veementes, apresento a vossa excelência, em nome do povo português e no meu próprio, a expressão da mais sentida solidariedade e sincero pesar", lê-se na mensagem.
O Presidente da República despediu-se de Emmanuel Macron expressando "a mais elevada consideração e estima pessoal" e reafirmando "a profunda fraternidade para com a França e o povo francês e a firme condenação deste ataque".
Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou "a solidariedade do povo português e do Presidente da República Portuguesa" transmitida na mensagem enviada a Macron, "num momento em que a França sofre mais um atentado".
"Não são apenas aqueles que foram visados os que sofrem, é a França, é a liberdade, é a democracia, é o diálogo, é a tolerância, é a liberdade religiosa, é a liberdade em geral. E nisso, naturalmente, todos os democratas estão ao lado dos demais democratas e lutadores pela liberdade, pela paz, pela convivência pacífica e pela tolerância, para além das divergências que possa haver de posições políticas, religiosas, confessionais ou ideológicas", considerou.
O primeiro-ministro português manifestou-se hoje solidário com a França, depois do ataque que provocou três mortos e vários feridos no centro de Nice, considerando que este ato reforça a determinação numa Europa unida contra o ódio.
"Estamos solidários com a França. O terrível ataque na Catedral de Nice reforça a nossa determinação em manter a Europa unida contra o ódio, na defesa da liberdade e da tolerância", escreveu António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter.
O Governo português manifestou também “profunda consternação” pelo ataque em Nice, reiterando a sua “condenação veemente” da violência e compromisso na luta contra extremismos.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros escreve: “O Governo português reitera a sua condenação veemente de todas as formas de violência e reitera o seu compromisso com o combate ao extremismo, ao racismo, ao ódio e à intolerância em geral”, declara.
Evocando a “amizade fraterna que une os dois povos”, o Governo expressa ainda “as suas mais sentidas condolências às famílias das vítimas” e “reafirma a sua solidariedade para com o Governo de França”.
O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, enviou hoje também ao seu homólogo francês uma mensagem a condenar o "ataque bárbaro" perpetrado junto à catedral de Nice e a expressar a solidariedade do parlamento português.
Numa mensagem dirigida ao presidente da Assembleia Nacional Francesa, Richard Ferrand, Ferro Rodrigues escreveu que "o bárbaro ataque" desta manhã em Nice, "causando vários mortos e um expressivo número de feridos, merece condenação absoluta".
"Este ataque vem pôr à prova os nossos valores e o nosso modelo de sociedade. A ameaça e a intimidação violentas não nos devem afastar do que é verdadeiramente essencial: O respeito pelos direitos fundamentais e pela liberdade", escreveu também o presidente da Assembleia da República.
Na sua mensagem, Ferro Rodrigues recorda a sua passagem por Paris, durante seis anos, em que foi o representante permanente de Portugal junto da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), considerando depois que a França "é sinónimo de liberdade e de tolerância".
"Em meu nome e em nome do Parlamento Português, transmito ao presidente da Assembleia Nacional Francesa e, de modo muito particular, às famílias enlutadas, sinceras condolências e a expressão da mais profunda solidariedade", acrescentou Ferro Rodrigues.
Bispo do Porto diz que atentado é resultado de "preconceitos" de europeus
O bispo do Porto considerou esta sexta-feira, dia 30 de outubro, que o atentado na catedral de Nice é o resultado dos "preconceitos" de europeus que “estão sempre de dedo em riste a acusar as religiões” e não fomentam o diálogo inter-religioso.
“O atentado de ontem na catedral de Nice não é luta do Islão contra o Cristianismo: é o resultado dos preconceitos daqueles europeus que não só não fomentam o diálogo intercultural e inter-religioso como até estão sempre de dedo em riste a acusar as religiões”, escreve Manuel Linda numa publicação na rede social Twitter.
Turquia condena "ataque selvagem"
A Turquia condenou hoje "veementemente" o ataque "selvagem" à facada que causou pelo menos três mortos em Nice, no sudeste de França, pondo de lado as tensões entre Ancara e Paris para exprimir a sua “solidariedade”.
"Condenamos veementemente o ataque que foi cometido hoje no interior da igreja de Notre-Dame de Nice (…) e apresentamos as nossas condolências aos familiares das vítimas", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco num comunicado.
"É claro que os que cometeram um ataque tão selvagem num local de culto sagrado não podem inspirar-se em qualquer valor religioso, humano ou moral", adiantou, exprimindo a sua "solidariedade com o povo francês face ao terrorismo e à violência".
[Atualizado às 10:56 de 30 de outubro]
Comentários