“O embaixador russo foi convocado. Deve ser recebido esta tarde pelo secretário-geral da Comissão Europeia e do Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE) e iremos transmitir-lhe a condenação forte e a rejeição desta decisão”, disse o porta-voz do SEAE, Peter Stano, durante a conferência de imprensa diária da Comissão.

À semelhança da nota que já tinha sido emitida pelos líderes das instituições europeias na sexta-feira, o porta-voz reiterou que a decisão da Rússia de impor sanções a oito responsáveis europeus não tem “qualquer fundamento legal” e é “obviamente politicamente motivada”.

“Tudo isto mostra que a Rússia está determinada em manter o caminho hostil de confrontação, e a UE irá reagir. As discussões estão em curso: (…) preferimos uma resposta unida, e estamos a trabalhar nesse sentido, estamos a coordenar-nos com os Estados-membros”, frisou.

Na sexta-feira, a Rússia impôs sanções contra oito responsáveis da União Europeia (UE), entre os quais o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, e a comissária para os Valores e Transparência, Vera Jourova.

Segundo Moscovo, as sanções foram impostas em represália por medidas idênticas da UE em março e num aumento das tensões entre Moscovo e o ocidente.

"A União Europeia prossegue a sua política de medidas de restrição unilaterais ilegítimas dirigidas a cidadãos e organizações russas", declarou em comunicado a diplomacia do Kremlin, ao precisar que vai proibir a entrada na Rússia de oito responsáveis europeus.

Em resposta, a UE condenou a decisão “inaceitável” e injustificada das autoridades russas, anunciando que iria tomar “medidas adequadas”.

“A União Europeia reserva-se o direito de tomar as medidas adequadas em resposta à decisão das autoridades russas”, advertiram os presidentes das três instituições da UE, Ursula Von der Leyen, Charles Michel e David Sassoli, numa declaração conjunta.

Em 02 de março, a UE anunciou a decisão de impor medidas restritivas dirigidas a quatro russos responsáveis, segundo Bruxelas, por graves violações dos direitos humanos, designadamente prisões e detenções arbitrárias, e ainda a repressão massiva e sistemática da liberdade de reunião na Rússia.

As medidas incluem designadamente a proibição de entrada em território da UE e o congelamento dos bens destes altos responsáveis, incluindo o chefe do Comité de investigação russo, Alexandre Bastrykine, e o procurador-geral, Igor Krasnov.

Em 22 de março, o Conselho da UE decidiu introduzir medidas restritivas contra os responsáveis de violações graves dos direitos humanos em diversos países do mundo, nomeadamente por tortura e repressão contra a comunidade LGBT e os opositores políticos na Chechénia, uma república russa do Cáucaso.

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