“Apoiamos fortemente a Arménia e as suas necessidades humanitárias”, afirmou Ursula von der Leyen em Granada, à chegada à cimeira da Comunidade Política Europeia, um fórum que reúne perto de 50 líderes de países da Europa na cidade espanhola.
A presidente da Comissão Europeia disse que vai ter um encontro bilateral hoje em Granada com o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinian, a quem vai anunciar a duplicação, para 10,4 milhões de euros, das ajudas europeias à Arménia, para responder às necessidades humanitárias geradas pela chegada ao país de 100 mil arménios residentes em Nagorno-Karabakh, depois de uma ação militar do Azerbaijão n território em 19 de setembro.
Os 10,4 milhões de euros juntam-se aos 15 milhões de euros de apoio orçamental direto anual da UE à Arménia, acrescentou Ursula von der Leyen.
A presidente da Comissão Europeia disse que a Arménia terá um papel central nos debates de hoje em Granada e lembrou que a UE condenou de imediato a ação militar do Azerbaijão em Nagorno-Karabakh.
“Apelámos à retoma do diálogo e a uma solução pacífica. É nisso que estamos a trabalhar”, acrescentou, dizendo ainda: “É importante para nós o apoio à Arménia”.
Na reunião da Comunidade Política Europeia (CPE) estão delegações de cerca de 50 países, incluindo os 27 da UE e os presidentes da Comissão e do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen e Charles Michel, respetivamente.
Ao contrário do que era esperado até há poucos dias, não haverá um encontro entre os líderes da Arménia e do Azerbaijão, com o enclave separatista do Nagorno-Karabakh como tema central.
O encontro bilateral não terá lugar porque o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, cancelou a ida a Granada.
Também o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, cancelou a deslocação a Espanha, invocando motivos de agenda. O líder turco também não compareceu nas anteriores cimeiras da CPE.
O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, disse hoje, à chegada a Granada, que “é pena que o Azerbaijão não esteja” e que a Turquia, “que é o principal país que apoia o Azerbaijão, também não”.
“Por isso, não poderemos falar aqui de algo tão grave como o facto de que mais de 100 mil pessoas tenham sido obrigadas a abandonar as suas casas”, disse Borrell, aos jornalistas.
“Condenamos os atos de força militares para resolver os conflitos, ajudamos os refugiados e esperamos que, em Bruxelas, possa haver reuniões entre Arménia e Azerbaijão para evitar que o conflito progrida e para estabilizar politicamente a Arménia”, acrescentou.
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