“Cada vez chegam mais menores de idade sozinhos e muitos não pedem proteção internacional porque as suas necessidades não são identificadas, apesar de muitos virem de países com uma alta taxa de reconhecimento”, diz o UNICEF na véspera do Dia Mundial do Refugiado, que se celebra na quinta-feira.
Uma das razões para esta situação é “a saturação insustentável do sistema de proteção nas Ilhas Canárias, com mais de 5.600 crianças não acompanhadas”, acrescenta o Fundo num comunicado citado pela agência espanhola de notícia, a Efe.
No texto, a delegação espanhola do UNICEF exige que sejam encontradas fórmulas para a transferência obrigatória de menores para o resto da península, uma iniciativa em que o governo central está atualmente a trabalhar em conjunto com o governo das Canárias e para a qual procura agora apoio parlamentar.
A Unicef sublinhou também a necessidade de “um maior investimento” e de “instrumentos eficazes” para a aplicação deste tipo de medidas.
Para além das Ilhas Canárias, a Unicef Espanha exigiu também “soluções urgentes” para que todas as crianças e adolescentes refugiados, que representam mais de 40% da população mundial deslocada, tenham os mesmos direitos e oportunidades que os outros jovens, lamentando que o sistema de gestão dos pedidos e de acolhimento dos requerentes de proteção internacional “ainda não seja capaz de dar resposta à nova realidade do asilo em Espanha”.
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