Estas contratações de investigadores, para desenvolverem atividades de transferência de conhecimento nos 13 centros de I&D, enquadram-se numa candidatura ao Alentejo 2020 submetida pela Universidade de Évora (UÉ), designada RH-VITA Recursos Humanos para a Valorização, Inovação e Transferência de Tecnologia no Alentejo.
“A candidatura envolve o custo elegível de 2.809.203,28 euros”, com uma comparticipação de 85% de apoios comunitários do Fundo Social Europeu, o que corresponde a quase 2,4 milhões de euros, segundo a UÉ.
Os termos de aceitação do contrato, no âmbito do aviso de concurso aberto pelo Alentejo 2020 para a “Contratação de Recursos Humanos Altamente Qualificados – Instituições de Interface/Infraestruturas Tecnológicas”, já foram assinados pela academia e pela Autoridade de Gestão do programa operacional regional.
A UÉ pretende “contribuir para o desenvolvimento do território e para a qualificação de recursos humanos, reforçando a inovação do tecido económico nacional através da oferta de novos produtos e serviços e de novas empresas e empreendedores”, disse a instituição, em comunicado.
De acordo com a academia, o objetivo é também estimular “uma mais eficaz articulação com as empresas” e promover “o cruzamento do ecossistema empresarial com as Infraestruturas de I&D”.
O presidente da Autoridade de Gestão do Alentejo 2020 e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), Roberto Grilo, salientou que esta parceria com a UÉ assenta “na seriedade” e tem “objetivos reais para o desenvolvimento regional”.
“A Universidade de Évora tem um papel insubstituível na região Alentejo”, que não seria “a mesma” sem esta instituição, dada a sua “capacidade científica e tecnológica, transferência de conhecimento e proximidade com a comunidade”, salientou o responsável.
O Alentejo “atravessa dificuldades”, nomeadamente demográficas, agravadas pela pandemia, mas o “emprego qualificado e o emprego científico” são um dos mecanismos para preparar o futuro, defendeu o presidente da CCDR, que lembrou que a região tem infraestruturas “de referência nacional e internacional, que oferecem muitas oportunidades”, como o Alqueva, o porto de Sines ou a ferrovia.
A reitora da UÉ, Ana Costa Freitas, corroborou a ideia de que o desenvolvimento da região “deverá ser alicerçado na ciência e na atração de emprego científico e tecnológico”, indicando que a universidade tem investido “muito significativamente” na aquisição de equipamento científico e dotado os laboratórios e Unidades de I&D com tecnologias de referência internacional.
Os doutorados e mestrados que vierem a ser contratados vão exercer atividades em centros como o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, CIEMAR – Laboratório de Ciências do Mar, MED – Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas, ICT – Instituto de Ciências da Terra ou CILIFO – Polo do Centro de Investigação e Luta contra Incêndios Florestais.
As outras unidades são o Laboratório HERCULES, CHRC – Health Research Centre, REQUIMTE, as cátedras de Biodiversidade e das Energias Renováveis, BigDATA, GAITEC – Gabinete de apoio à Inovação, Transferência, Empreendedorismo e Cooperação e o Hospital Veterinário.
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