No programa da rádio TSF "Almoços Grátis", David Justino considerou que "há muito tempo que a ministra da Saúde não reúne as condições para continuar no cargo", justificando com a "desorientação" e falta de sintonia entre os vários responsáveis da área que tutela.
"Já tivemos oportunidade de falar da dessintonia e da contradição entre vários responsáveis, a começar na diretora-Geral da Saúde, na ministra, no secretário de Estado, mais o responsável da Administração Regional de Saúde de Lisboa, que 'não diz a bota com a perdigota'. É uma confusão que permite transformar uma pandemia quase num pandemónio", argumentou David Justino.
Esta visão foi contrariada pelo presidente do PS, Carlos César, para quem Marta Temido tem tido "um desempenho compatível com aquilo que se esperaria de um ministro da saúde nestas circunstâncias".
Para Carlos César, "em termos globais, a sua ação tem sido positiva e atenta nas questões que dependem do seu ministério".
Ao comentar as críticas do presidente da Câmara de Lisboa às autoridades de saúde regionais, o presidente do PS assinalou que os autarcas "não são uma espécie de sindicatos de opinião" nem devem "agir como se fossem apenas vigilantes", embora reconhecendo que é fundamental garantir um maior grau de eficiência e prontidão das autoridades no terreno.
Para Carlos César, as instituições que estão no terreno devem colaborar com os municípios, "porque as autarquias não são entes à parte" e têm "responsabilidades no terreno e na ação", ou seja, "são também sujeitos ativos neste processo".
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 511 mil mortos e infetou mais de 10,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.579 pessoas das 42.454 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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