A iniciativa foi promovida pelo embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira, o rabino israelita em Lisboa Ruben Suiza e diversos dignitários da comunidade judaica de Lisboa, além do presidente da câmara municipal Carlos Moedas.
Em declarações à agência Lusa, o embaixador Shapira lamentou a “brutalidade dos ataques” do movimentos de resistência islâmica, cujos atos, frisou, estão “para além do imaginável”.
“Estamos numa guerra contra o terrorismo, contra o radicalismo. É uma guerra igual ao 11 de Setembro e ao grupo Estados Islâmico. Que fique claro, o Hamas é o Estado Islâmico, mas vamos derrotar os terroristas demore o tempo que demorar”, afirmou o diplomata israelita.
“Poderá demorar semanas, meses, mas não vamos deixar de derrotar o terrorismo”, frisou Shapira, realçando a necessidade de a comunidade internacional apoiar o direito de defesa de Israel.
O diplomata apelou também à ajuda da comunidade internacional para que encete esforços para a libertação dos reféns ainda nas mãos do “movimento terrorista”, frisando que “o Hamas comentou um erro enorme” pois, sustentou, “não contou com a força de Israel”.
O embaixador agradeceu o apoio de Portugal e dos Estados Unidos, ajuda comentada também pelo presidente da comunidade israelita de Lisboa David Botelho, lembrando a pronta condenação do Presidente de Portugal e do Governo dos ataques de sábado do Hamas contra Israel.
Também em declarações à Lusa, David Botelho defendeu que os terroristas não derrotarão Israel e que “a barbárie e a selvajaria” foram atos que “não se viam desde a Idade Média”.
“Não há justificação para esta barbaridade. Estamos profundamente preocupados com a situação dos reféns e esperamos que rapidamente possam regressar às suas famílias sãos e salvos”, afirmou.
Numa breve intervenção na vigília, que decorreu no topo do parque Eduardo XVII, Carlos Moedas afirmou ser “difícil ter palavras para definir tanto sofrimento” e garantiu que os lisboetas “estarão sempre com os israelitas”.
“Todos nós vimos imagens na televisão e esses ataques vão para lá de tudo o que julgávamos ser possível. Lisboa apoia incondicionalmente Israel e temos de combater o terrorismo, porque o Hamas é terrorista, algo que temos de dizer bem alto para que não restem dúvidas”, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa.
A cerimónia terminou com o rabino de Lisboa a ler uma oração judaica em memória dos mártires da história de Isarel, dos que morreram no conflito de sábado e abençou o estado Israel, terminando a cerimónia com o hino de Portugal.
Após a cerimónia oficial da vigília, cerca de duas centenas de pessoas permanecem no local onde muitas velas iluminam o espaço, vigiado atentamente pela PSP.
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