A decisão foi aprovada na reunião do Conselho de Ministros, depois de o Governo ter já expressado, no início da semana, “profunda consternação e tristeza” com a morte de Kofi Annan, recordando o contributo pela paz e diálogo internacionais.
“Ao longo da sua vida, Kofi Annan distinguiu-se como um empenhado e determinado defensor da paz e do diálogo internacional, contribuindo com a sua ação para o fim de múltiplos conflitos que ameaçaram a paz e segurança internacional”, refere um comunicado do Governo.
“A memória de Kofi Annan ficará para sempre ligada à história de Timor-Leste já que trabalhou de forma incansável para o reconhecimento internacional do direito de autodeterminação do nosso Povo e, na sequência da consulta popular que determinou a independência da nossa Nação, lançou as bases em que assenta a construção do atual Estado Timorense”, lembra o executivo.
A deliberação do Governo determina que Xanana Gusmão representará o Governo nas exéquias “salvo se estas tiverem um caráter privado, ou nas cerimónias de homenagem póstuma à sua memória que venham a ser realizadas”.
Coube a Kofi Annan, poucos minutos antes das 00:00 de 20 de maio de 2002, entregar formalmente Timor-Leste aos timorenses numa cerimónia que marcou a restauração da independência do país.
Annan tinha supervisionado a assinatura do histórico acordo de 05 de maio de 1999, entre Portugal e a Indonésia, o que permitiu o referendo em que os timorenses escolheram ser independentes.
O antigo secretário-geral da ONU e prémio Nobel da Paz de 2001 morreu no sábado aos 80 anos.
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