“Vim aqui para oferecer o maior número de pontos possíveis à minha equipa. A distância do salto não era muito importante, mas sim ganhar. Foi isso que fiz”, resumiu à agência Lusa o recordista nacional da especialidade ao ar livre, com 17,95 metros.
Pedro Pablo Pichardo era o último a saltar e colocou a fasquia muito alta logo à primeira tentativa, ao arrecadar 16,29 metros, resultado que seria suficiente para bater Nelson Évora, mas subiu até aos 17 metros no quarto e derradeiro ensaio.
“Sinto-me bem e estou contente com o resultado na última prova da minha preparação. Este ano pensei em não competir na pista coberta e só vim pelo clube, porque quero chegar em boa forma aos Jogos Olímpicos”, apontou o atleta, de 26 anos.
Com menos um salto nulo que o rival ‘encarnado’, Nelson Évora, de 35 anos, evoluiu o rendimento nos três primeiros saltos, de 14,13 para 16,27 metros, dois dias após ter inaugurado a temporada com três ensaios inválidos no ‘meeting’ de Madrid.
“Tinha de competir para testar o meu corpo. Nota-se que há muita carga em cima do trabalho realizado e ainda não foi o tempo ideal para sacar bons resultados. Mas sinto-me bem e estou tranquilo”, afirmou à agência Lusa o campeão olímpico em Pequim2008.
Fixando como “objetivo máximo” o apuramento para Tóquio2020, Nelson Évora vai ponderar entre o início imediato dos preparativos para a época de verão ou a ida aos Campeonatos de Portugal absolutos em pista coberta, no domingo, em Pombal.
“Se assim for, será para remediar alguns aspetos técnicos. Tenho dificuldades em enquadrar a corrida com o salto e estou um bocado perdido. Já tive essa experiência e há que voltar para a base, treinar e acreditar que a aposta irá surtir efeito”, completou.
Recordista nacional do triplo salto em pista coberta, com 17,40 metros, Nelson Évora procura a quarta participação olímpica, depois das presenças em Atenas2004 (40.º), Pequim2008 (medalha de ouro, com 17,67 ao quarto ensaio) e Rio2016 (sexto).
Pedro Pablo Pichardo, recentemente naturalizado, já garantiu marca para a estreia nos Jogos, assim como as saltadoras Patrícia Mamona e Evelise Veiga, com Carla Salomé Rocha e Sara Catarina Ribeiro a terem mínimos na maratona.
O triunfo do luso-cubano ajudou o Benfica a revalidar hoje o título de campeão masculino de clubes de atletismo em pista coberta, superando pelo terceiro ano seguido o rival Sporting, que deu continuidade à supremacia na prova feminina.
As fases finais dos Nacionais em pista coberta, a mais importante prova coletiva do atletismo português, repartiram 32 equipas de 22 clubes em duas divisões e decorreram desde sábado no Altice Fórum, em Braga.
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