“Ser campeão da Europa pela quinta vez, a quarta consecutiva, é fantástico, ainda por cima em Portugal. Muito bom”, disse à agência Lusa, momentos depois de vencer, ao ‘sprint’, uma longa prova de 29,8 quilómetros no Rio Lima, em Ponte de Lima.
Ramalho, de 34 anos, que igualou o amigo espanhol Manuel Busto no recorde de cinco títulos Europeus, e com quem falou esta manhã, não quer pensar no sexto, preferindo focar-se agora nos mundiais de setembro, na África do Sul, onde procura inédito título.
“Como é óbvio, seria o meu objetivo. Mas luto contra a probabilidade, pois já ganhei cinco vezes. A probabilidade de perder é maior. Não estou preocupado com isso neste momento. Agora é o campeonato do mundo e logo se vê”, disse o campeão em 2011, 2014, 2015, 2016 e, agora, 2017, sendo ainda ‘vice’ em 2009 e 2013: em mundiais, foi prata em 2012 e bronze em 2009, 2014 e 2016.
O ‘sprint’ começou a uns 400 metros da meta: “Estávamos todos para o ‘sprint’ final. Tentei salvar forças para a decisão. O meu corpo correspondeu muito bem e mantive-me na frente desde a última portagem até ao fim e acho que isso fez a diferença no momento chave.”
O atleta vila-condense assumiu ser “complicado” o grupo ter-se mantido tão grande até à parte final – “é sempre um risco” – e defendeu que sair da derradeira portagem na frente o dispensou de “subir a onda de outro adversário e ir contra o vento”, dificuldades muitas vezes difíceis de ultrapassar.
O numeroso público a puxar por si também foi importante: “Ouvi-os em quase todas as portagens. Nas seis primeiras. Na sétima já não ouvi nada. Estava bastante focado. Tal como na volta pequena em que não ouvia nada nem ninguém. Só via a meta. Só no final percebi que havia muita gente de pé a aplaudir.”
“É uma grande felicidade. No fim só queria sair rápido do barco. Depois de felicitar os adversários, festejar com os meus conterrâneos e este público todo”, concluiu.
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