Davide Rebellín, de 51 anos, andava de bicicleta numa rodovia quando foi atropelado por um camião que, sem se ter apercebido do acidente, continuou o seu trajeto, relata ainda o jornal La Gazzetta dello Sport.
O ciclista italiano, que foi o primeiro a arrebatar as três clássicas das Ardenas no mesmo ano, tinha encerrado a sua carreira em outubro, após ter competido a nível profissional durante três décadas.
O corredor natural de San Bonifacio destacou-se com esse ‘triplete’ em abril de 2004, ao juntar triunfos seguidos na Amstel Gold Race, Flèche Wallonne e Liège-Bastogne-Liège, num feito que, desde então, apenas seria igualado pelo belga Philippe Gilbert, em 2011.
A Work Service Cycling, ultima equipa de Davide Rebellín, mostrou já o seu consternamento pela morte do italiano, com um depoimento na rede social Facebook em que lamenta a sua “repentina e trágica ausência”.
“Continua a pedalar, com o mesmo sorriso, o mesmo entusiasmo e a mesma paixão de sempre. Não foi assim que imaginamos o futuro”, refere a equipa, adiantando que “a dor é muita no adeus a um campeão e a uma referência para todos”.
A Work Service Cycling associa-se à dor da família e amigos, que choram pelo ciclismo e adianta que imagina Rebellín “montado na bicicleta, à procura de novos caminhos, novas subidas e novos desafios mesmo lá em cima, no céu”.
Além de mais duas vitórias na Flèche Wallonne (2007 e 2009), Davide Rebellín também se impôs na Züri-Metzgete e na clássica de San Sebastián (ambas em 1997) e no Giro dell”Emilia (2006 e 2014).
Davide Rebellin ganhou ainda corridas por etapas, tais como Tirreno-Adriático (2001) e Paris-Nice (2008), e uma etapa da Volta a Itália (1996), passando duas vezes pela Volta ao Algarve (sexto em 2006 e quarto em 2007) e uma na Volta a Portugal (27.º em 2017).
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